quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Manuel Botelho



Manuel Botelho foi advogado, político e poeta barroco.
Manuel Botelho de Oliveira nasceu em Salvador (na Bahia), no ano de 1636. Ele conviveu com Gregório de Matos no curso de Direito em Coimbra (em Portugal), e durante esse período ele  também se dedicou ao estudo do Latim, do Espanhol e do Italiano. Voltando para a Bahia, Manuel se dedicou a advocacia e a política. Em 1694, graças ao empréstimo de 22 mil cruzados para a criação da Casa da Moeda (na Bahia), ele se tornou capitão dos distritos de Papagaio. No ano de 1705 em Lisboa (em Portugal), Manuel publicou Música do Parnaso, seu primeiro livro impresso, que juntava produção poética com produção teatral, e se tornou o primeiro autor nascido no Brasil a ter um livro impresso.
Manuel Botelho escreveu poesias sobre o que acontecia no seu tempo, e se destacou o poema 'À Ilha de Maré', que tem o vocabulário típico dos barrocos e é caracterizada por seu  nativismo que exalta a variedade das frutas e dos legumes, descritos pelo poeta muito melhores dos de Portugal.
E morreu em Salvador (na Bahia), em 5 de janeiro de 1711.



À Ilha de Maré
Manuel Botelho de Oliveira
À ILHA DE MARÉ TERMO DESTA CIDADE DA BAHIA
SILVA
Jaz oblíqua forma e prolongada
a terra de Maré toda cercada
de Netuno, que tendo o amor constante,
lhe dá muitos abraços por amante,
e botando-lhe os braços dentro dela
a pretende gozar, por ser mui bela.

Nesta assistência tanto a senhoreia,
e tanto a galanteia,
que, do mar, de Maré tem o apelido,
como quem preza o amor de seu querido:

e por gosto das prendas amorosas
fica maré de rosas,
e vivendo nas ânsias sucessivas,
são do amor marés vivas;
e se nas mortas menos a conhece,
maré de saudades lhe parece.

Vista por fora é pouco apetecida,
porque aos olhos por feia é parecida;
porém dentro habitada
é muito bela, muito desejada,

...

Início do barroco no Brasil: Bento Teixeira

                                                 

                                          Bento Teixeira

                                                    
   
    Não se sabe se ele nasceu em Portugal ou no Brasil e o local de sua morte divide opiniões entre Pernambuco e Lisboa. Sabe-se que Bento Teixeira chegou com sua família ao Brasil, estudou no colégio da Bahia e frequentou seminários.
    Acabou tendo que fugir para Pernambuco ao revelar que era judeu.Lá trabalhou como professor de aritmética, gramática e língua latina.
    Ao voltar à Bahia casou-se com Filipa Raposa, a qual mais tarde acusou de adultério, mas outra versão diz que ela o acusou de ser judeu.Independentemente do motivo Bento Teixeira acabou matando a esposa e, refugiado no mosteiro se São Bento , em Olinda, publicou, no ano de 1601, a sua maior obra: Prosopopéia, que assinalou o início do barroco no Brasil.
    A obra narra as aventuras dos irmãos Jorge de Albuquerque Coelho, terceiro donatário da capitania de Pernambuco, e Duarte em terras brasileiras e africanas, em decassílabos.Essa é a primeira obra com finalidade literária em solo brasileiro.

Nuno Marques Pereira

Nuno Marques Pereira, O Peregrino da América: Foi um padre e escritor de cunho moralista brasileiro do barroco.

A Obra
Sua obra é considerado por alguns um romance, por outros uma novela. A narrativa de Nuno Marques Pereira tem caráter informativo e moralista. Contém diálogos alegóricos que lembram o moralismo espanhol e português, além da da severidade da contrarreforma.
A formação erudita do autor fica evidente nas citações precisas de filósofos tais como Aristóteles, Platão, Diógenes, Cícero e outros pagãos, além dos cristãos Santo Ambrósio, São Tomás, Santo Agostinho e das dezenas de outros padres e santos da igreja, sem falar nas referências a inúmeros personagens da história grega, romana e portuguesa.


Foi o autor de um livro muito lido na época colonial intitulado Compêndio Narrativo do Peregrino da América

Seu livro conta as reflexões e aconselhamento que um peregrino faz aos moradores ao longo do Caminho da Bahia que desde Cachoeira seguia para o sudoeste, levando às Minas do ouro. O peregrino segue de pouso em pouso, hospedando-se em mosteiros, fazendas e hospedarias dos sesmeiros ao longo do caminho, aproveitando para doutrinar sua filosofia conforme se apresentavam oportunidades em torno de casos, histórias e acontecimentos locais. Já salientamos os indícios que nos parecem bastante seguros de que tal viagem foi apenas imaginada. A obra é essencialmente de moral social e ética cristã. A razão da peregrinação do velho é o interesse em analisar as causas das perturbações políticas que nessa época agitava a capitania de São Paulo e Minas, em torno da disputa pelas minas, que os judeus portugueses cristãos novos invadiam e dominavam, em detrimento dos paulistas, os descobridores dessas minas. Essa disputa havia motivado a chamada Guerra dos Emboabas, que o Peregrino da América condena.

A erudição de Nuno Marques Pereira transparece da abundância de citações por toda a sua obra. Seu livro mostra que Nuno Marques Pereira conhecia profundamente a filosofia clássica, pelas citações precisas que faz de Aristóteles, Platão, Diógenes, Cícero e outros pagãos, alem dos cristãos Santo Ambrósio, São Tomás, Santo Agostinho, e dezenas de outros padres e santos da Igreja, e referir-se inúmeros personagens da história grega, romana e portuguesa paralelamente. Muitos nomes citados por Nuno são hoje desconhecidos e de difícil identificação no cenário histórico ou filosófico. Aí está, aliás, uma fonte de objetos de pesquisa que poderá eventualmente revelar algum erudito e autor esquecido.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sebastião da Rocha Pita

Sebastião da Rocha Pita nascido na Bahia especificamente na atual cidade de Salvador no ano de 1660, grande historiador e poeta, faleceu no ano de 1738 na cidade de Cachoeira.


Era um excelente historiador tanto em Portugal como no Brasil, fazia parte da ordem de letrados na Academia Real de História Portuguesa (uma instituição que tinha como objetivo estudar e conhecer a história de Portugal) e também da Academia Brasílica dos Esquecidos.

Já como poeta Sebastião da Rocha Pita era muito inconstante, se concentrava mais no ramo de historiador.

Sua principal obra foi "História da América Portuguesa com objetivo de contar a história de Portugal e do Brasil.


Caracterísicas

  • Dualismo: O conflito presente no barroco retrata o bifrontismo (o homem dividido entre a herança religiosa e o espirito racionalista do Renascentismo). É a expressão do contraste entre as grandes forças reguladoras da existência humana. Exemplo Fé x Razão, Deus x Diabo, Vida x Morte, etc. Dai o uso da figura de linguagem que busca fundir isso.
  • Fugacidade: De acordo como o ponto de vista do barroco, tudo na vida é passageiro e instavel, as coisas, as pessoas, o mundo muda.
  • Pessimismo: Essa ideia da transitoriedade da vida conduz frequentemente ao conceito de morte. A incerteza da vida e o medo com a morte fazem do barroco uma arte pessimista, marcada por um desencanto com próprio homem e com o mundo
  • Feísmo: No barroco encontra-se uma atração por aspectos de crueldade, tragédias e dor.
  • Cultismo: O uso da Língua culta, jogo de palavras predomina inversões sintáticas.
  • Conceptismo: Jogo de raciocínio e de retórica que visa melhor explicar o conflito dos opostos, jogo de ideias.
  • Linguagem rebuscada e trabalhada ao máximo, usando muitos recursos, figuras de linguagem e sintaxe, hipérboles, metáforas, antíteses e paradoxos.
  • Literatura moralista,já que era usada pelos padres jesuítas para pregar a fé e a religião.
  • Antropocentrismo x Teocentrismo (Homem x Deus, Carne x Espírito).
  • Conflito existencial gerado pelo dilema do homem dividido entre o prazer pagão e a fé religiosa.

Frei Itaparica


Manuel de Santa Maria - Nascido no ano de 1704, na Ilha de Itaparica (Bahia)  faleceu no ano de 1768 (64 anos) foi um frade franciscano.
(Ilha de Itaparica - Bahia)
Era um homem muito reservado por isso se tem poucas informações sobre sua vida. Lecionou na Ordem de São Francisco, no Convento de Paraguaçu. Escreveu "Eustáquios" (poema sacro e tragicómico), sobre o Santo Eustáquios Mártir.
Na obra destacou a descrição do inferno e a narrativa dos sonhos onde o Brasil é descrito em uma época anterior ao seu descobrimento.

Influências de Camões - Frei Itaparica foi muito influenciado por Luiz Vaz de Camões e é um dos precursores do nativismo literário. O nativismo é a ação que procure valorizar a cultura de um lugar, retrata especialmente na história de povos que foram colonizados por outros.


O Barroco

Contexto Histórico
Em meados do século XVII o barroco surge na Itália, logo se espalha por toda Europa e mais tarde pelo continente Americano através dos colonizadores portugueses e espanhóis. Se desenvolveu de diferentes formas de acordos com artistas locais, a situação e também pelos materiais existentes.

Características
Conceptismo: voltado para o jogo de ideias e dos conceitos.
É a preocupação com as associações inesperadas, seguindo um raciocínio lógico, racionalista.


Cultismo: É o jogo de palavras, é a obsessão pela linguagem culta, erudita, por meio da inversão da frase (hipérbato), e o uso de palavras difíceis.
Emprego de figuras de linguagem, especialmente a metáfora, a antítese, e o hipérbato.

O principal cultista foi o espanhol Luiz de Gôngora. No Brasil, Gregório de Matos.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Como o blog funciona?

Funciona assim, iremos postar artigos sobre as características do barroco, biografia dos principais autores do movimento e também resumos para provas.